segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Notícia excelente: Prêmio Intercom 2008

Hoje recebi uma excelente notícia  (confesso que até inesperada). Fui o vencedor do Prêmio Freitas Nobre/Intercom 2008 na categoria Doutorado com o trabalho ""Jornalismo reconfigurado: tecnologias móveis e conexões sem fio na reportagem de campo". Este ano foram enviados 1.041 trabalhos científicos para o 31o Congresso Nacional da Intercom e selecionados 59 finalistas para os prêmios nas categorias Iniciação Científica, Especialização, Mestrado e Doutorado de instituições de ensino de várias partes do país. O resultado foi divulgado hoje pela Intercom. Mais um incentivo para minha pesquisa de doutorado sobre jornalismo e mobilidade. 


Estes foram os primeiros colocados em cada categoria e seus respectivos trabalhos premiados:

  • Iniciação Científica (Frederico Jorge Tavares de Oliveira, Rosa Maria Luiza de Melo Rocha, da ESPM-SP, com o trabalho "Comunicação no metrô de SP: as construções narrativas da publi(cidade)")
  • Especialização (André Farias Zielonka, Mônica Kaseker, da PUC-PR, com o trabalho "A busca de um novo sentido para o ver e o ouvir na construção audiofotográfica")
  • Mestrado (Alessandra Oliveira Araújo, da UFC, com o trabalho "Rádio-Escola como uma experiência de Comunicação Educativa")
  • Doutorado (Fernando Firmino da Silva, da UFBA/UEPB, com o trabalho "Jornalismo reconfigurado: tecnologias móveis e conexões sem fio na reportagem de campo")

domingo, 14 de dezembro de 2008

MobileCamp

Ontem aconteceu em São Paulo o MobileCamp, um evento que reuniu convidados e palestrantes para discutir mobilidade, tecnologias móveis e tudo relacionado ao mundo mobile. À convite do Juliano Spyer participei como palestrante através dos dois vídeos abaixo [infelizmente não pude ir pessoalmente devido a outros compromissos]. Então seguem os vídeos para quem não esteve presente no evento. Falo um pouco sobre minha pesquisa de doutorado na UFBA e a reconfiguração do jornalismo com a introdução de tecnologias móveis e conexões de rede sem fio.

Pelas atualizações no Twitter com a tag #mobilecamp dá para ter idéia da repercussão do evento.



quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A Tarde implanta tecnologia QR Code no jornal impresso para acesso móvel

O Grupo A Tarde, da Bahia, lançou hoje um projeto de integração de mídia através da implantação do QR Code no jornal impresso. Algumas matérias vão vim acompanhadas do código QR que pode levar o leitor, munido de um celular com um aplicativo que possa lê o código, a ter acesso a informações complementares na tela do dispositivo móvel como vídeos, fotos, áudios ou outros textos extras. É a primeira iniciativa no Brasil de uma empresa de comunicação e demonstra claramente a integração entre os suportes - jornal impresso, internet e celular. Bastante popular no Japão, Estados Unidos e Europa o QR Code é uma espécie de substituto dos códigos de barra das embalagens. A vantagem é que vai além e visualiza outros formatos. Um exemplo: numa estação de metrô que disponibilize o código nos murais é possível visualizar o mapa do percurso no próprio celular com o aplicativo leitor embutido. Em relação ao jornal vai funcionar da mesma forma. No carnaval 2009 é possível levar o leitor do jornal impresso a fotos complementares da passagem dos trios no circuito Barra-Ondina.

Para o jornalismo é mais uma tentativa de ampliar as possibilidades de integração de mídias num ambiente de pura convergência e de emergência da comunicação móvel a partir da expansão das tecnologias móveis digitais e de conexões como 3G. Veja video do projeto de A Tarde e video complementar do Jornal da Globo explicando como funciona o QR Code no Japão.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Notícia multimídia em plataformas móveis

Recupero agora a informação de que a agência de notícias France Press (AFP) criou um portal móvel para distribuição de conteúdo (áudio, video, foto, notícias) para dispositivos móveis. O AFP Mobile é um canal específico de comunicação móvel. O portal está disponível em vários idiomas (inglês, francês e espanhol). Acessei no iPhone e funcionou legal. Vou continuar testando. Estou preparando um paper sobre os sites móveis para publicação no próximo ano em que abordarei esta rápida migração dos desktops para as plataformas móveis.

No Brasil já temos diversos portais dedicados a disponibilização de conteúdos multimídias especificamente para celulares, smartphones e similares como JC Mobile, Veja, Terra e principalmente Globo.com, que melhor integra notícias do G1, de esportes, entretenimento e, principalmente, videos que rodam facilmente no iPhone com uma descarga muito rápida a partir do plug-ing do aparelho. Pelo que se percebe, pelo crescente volume de projetos dos grupos de comunicação, a adoção de plataformas móveis com formatos específicos é uma tendência irreversível. A comunicação móvel é um fenômeno que carece de estudos mais profundos ainda para análise destas práticas em expansão.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Nokia N97 demo

A Nokia anuncia o seu novo celular da série N, o N97. A versão anunciada ainda é beta e deve ser vendido a partir de 2009. Quando chega no Brasil?

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Jornalistas sem redação



Depois de um tempo afastado por causa de viagens e muitas atividades acadêmicas, volto ao blog. Teremos muitas novidades por aqui, muita coisa para comentar sobre jornalismo e tecnologia. Gradativamente atualizarei o blog com diversas questões relacionadas à minha pesquisa de doutorado, a artigos publicados em livros e apresentados em eventos como forma de compartilhar com os leitores deste blog.

JORNALISTAS SEM REDAÇÃO
Para começar destaco a interessante matéria publicada esta semana pelo El País denominada "Periodistas sin redacción". O enfoque é exatamente nos jornalistas que trabalham fora da redação produzindo todo tipo de conteúdo e enviando através de diversas conexões disponíveis e se utilizando para a execucação do trabalho de conexão à internet, computador portátil, câmeras digitais e celulares. Na matéria há depoimentos de pesquisadores como Ramón Salaverría e de profissionais que adotaram esta forma de exercer o jornalismo.

Como background está a questão da mobilidade e o fato de que dispomos hoje de uma infra-estrutura adequada para o desenvolvimento da atividade jornalística no campo, fora das redações, de onde de fato as notícias acontecem e que, de uma certa forma, a Internet paradoxalmente inverteu os processos transformando os profissionais em "jornalistas sentados" que apura tudo de frente ao desktop sem sair da redação. Com as tecnologias móveis e as inúmeras conexões disponíveis como a 3G espera-se que os repórteres voltem à rua para acompanhar de perto e com mais precisão os acontecimentos do dia-a-dia. Este fenômeno "do retorno" já começa a acontece em alguns grupos de comunicação com a adoção do modelo de jornalismo móvel.

Vale a pena ler "Periodistas sin redacción tendo em vista que em breve esta será uma realidade mais presente nos meios de comunicação com práticas mais vinculadas ao espaço urbano, à realidade dos acontecimentos. Tecnologias para o jornalismo em mobilidade já temos.

Celular para tudo no Japão

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Comentários iniciais do final da ABCiber

Ontem terminou o Simpósio da ABCiber na PUC de São Paulo. O evento foi muito proveitoso e gerou discussões de alto nível entre pesquisadores de todas as partes do país vinculados à comunicação e à cibercultura. Na programação das plenárias nomes de peso da área como Sérgio Amadeu, André Lemos, Marcos Palacios, Alex Primo, Lucia Santaella, Lúcia Leão, Erick Felinto, Eugênio Trivinho, Fernanda Bruno, Adriana Amaral, Diana Domingues, Francisco Rüdiger, Sueli Fragoso, Sandra Montardo, Marco , Raquel Recuero, dentre tantos outros pesquisadores presentes. Além da transmissão ao vivo via ABCiber, um dos aspectos mais interessantes foi a discussão em pararelo via twitter formando uma "mémoria e espaço das pesquisas" em torno dos debates, como afirmou Adriana Amaral. Veja aí a quantidade de twittes lançados na rede através da tag #abciber

Infelizmente nem tudo é 100% perfeito. A conexão wi-fi da PUC se manteve instável ou ausente e o local não oferecia infra-estrutura de tomadas para manter os notebooks e netbooks ligados. No meu caso em particular a bateria queimou antes mesmo do evento e me impossibilitou de postar de forma mais instantânea, mais frequente e preferi fazer uma cobertura offline (com exceção do twitter.com/fernandofirmino) para não estressar. Mas prometo que disponibilizarei este conteúdo gerado (videos, fotos e impressões) posteriormente. Como sugestão para o próximo ano penso que seria interessante pensar na disponibilização de uma infra-estrutura voltada para as pessoas que estão cobrindo o evento e que geram registros importantes para a memória da própria ABCiber e de quem está acompanhando a distância.
No mais o evento valeu a pena. No próximo ano estaremos reunidos de novo.

Livro: não poderia deixar de lembrar o lançamento do livro "Edição de Imagens em Jornalismo" que ocorreu no primeiro dia do evento. A recepção para a edição foi excelente e recebeu comentários muito positivos. Na próxima semana acontece outro lançamento nacional do livro na ABCiber com a presença dos organizadores Ângela Felippi, Demétrio de Azeredo Soster e Fabiana Piccinin. Contamos com a presença dos colegas de jornalismo.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Acompanhe ABCiber ao vivo



Acompanhe agora e ao vivo as palestras na ABCiber.

II Simpósio da ABCiber - primeiro dia

Acontece agora a abertura do II Simpósio da ABCiber no auditório do TUCA, na Universidade Católica de São Paulo. O presidente da ABCiber, Eugênio Trivinho, fez a abertura e deu às boas-vindas aos participantes. Até dia 13 estaremos realizando a cobertura com fotos, vídeos.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Temporada de eventos em Sampa: ABCiber, Colóquio Brasil-Espanha e SBPJor

A partir de segunda-feira começo uma mini-temporada por eventos em São Paulo durante o mês de novembro. Na agenda, ABCiber (10 a 13), Colóquio Brasil-Espanha de Cibermedios (17 e 18) e SBPjor (19 a 21). No primeiro e no último eventos apresentarei artigos nos quais discuto jornalismo móvel. Na ABCiber apresentarei o paper "Jornalismo e Tecnologias da Mobilidade - conceitos e configurações" e na SBPjor "Jornalismo live streaming: tempo real, mobilidade e espaço urbano". Estes dois artigos têm uma abordagem bem próxima e, portanto, são complementares. Sendo que o primeiro tem uma perspectiva mais conceitual.
A programação do II Simpósio da ABCiber, que ocorrerá na PUC/SP, está disponível aqui e o do VI Encontro dos Pesquisadores em Jornalismo - SBPJOR, que acontecerá na Metodista de São Bernardo do Campo, aqui. Tentarei cobrir estes eventos através do blog e do Twitter ou posteriormente editar postagens especiais com imagens, vídeos, áudio.

...
LANÇAMENTO DE LIVRO
Durante estes eventos será lançado o livro "Edição de Imagens em Jornalismo", organizado por Ângela Felipi, Demétrio de Azeredo e Fabiana Piccinin. Tive o prazer de participar do livro também com o artigo "Edição de imagens em jornalismo móvel". Uma série de lançamentos está prevista ainda este ano para o livro. Amanhã na Feira do Livro de Porto Alegre, na segunda-feira na ABCiber e no dia 20 de novembro no Encontro da SBPjor. O "Edição de Imagens em Jornalismo" já está disponível para vendas no site da Editora EDUNISC. Uma obra indispensável para quem trabalha ou discute sobre edição de imagens em televisão, mídia impressa, Internet, mídias móveis, assessoria de imprensa e etc.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Cobertura ao vivo das eleições americanas em streaming via Qik e Mogulus


As eleições americanas, - fenômeno de audiência no mundo todo, principalmente por causa da crise econômica -, desperta as redes de televisão, portais de internet e cidadãos comuns a noticiar tudo que acontece naquele país. Com uma Internet bem mais estruturada que há quatro anos, quando George W. Bush reassumiu a Casa Branca, hoje nos deparamos com uma infinidade de tecnologias móveis e uma rede de alta velocidade 3G para acessar ou subir arquivos de qualquer lugar.

A combinação de ferramentas para live streaming está transformando a cobertura das eleições. Com um celular 3G na mão e o aplicativo Qik instalado, emissoras de televisão e portais de Internet transmitem a baixo custo e de forma ubíqua notícias ao vivo. Outra ferramenta potencializada é o Mogulus, uma espécie de estúdio de televisão online que permite transmissão ao vivo com recursos tipo legendas e a interação do público. Ontem o blog do Mogulus destacou as coberturas ao vivo do dia das eleições americanas de canais construídos em sua plataforma como The Daily News Journal , USA Today. Serão mais de 30 canais de grandes conglomerados utilizando o Mogulus para transmissões em streaming.

Comparação de cenários - antes 2004, agora 2008 - demonstram um crescimento significativo das possibilidades de transmissão por tecnologias móveis. Primeiro a banda larga de acesso a rede - tanto por conexões via fios/cabos quanto sem fios 3G e Wi-Fi tem uma nova perfomance; segundo prolifera a quantidade de tecnologias móveis digitais com capacidade multimídia como os smartphones e celulares. Em resumo: há uma nova paisagem midiática caminhando para experiências expressivas de jornalismo móvel.


segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Livro "Apropriações Tecnológica"


EDUFBA, editora da Universidade Federal da Bahia - UFBA, acaba de lançar o livro "Apropriações tecnológicas: emergência de textos, idéias e imagens do Submidialogia#3" organizado por Karla Schuch Brunet, professora e pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Cibercidades - GPC-UFBA. 

livro está dividindo em três partes (parte 1 - Conceitos e inspirações; parte II - Práticas e Experimentações; e Parte III - um email) que reúne uma série de artigos em torno do universo digital e das intervenções artísticas urbanas como "Entre o analógico e o digital: apontamentos sobre suas formas de conhecimento e poder", "Por que não falamos de Propriedade Intelectual?" "Inventar a gratuidade", "Bits, Átomos e Conversas Corridas antes do Sub#3 Acabar... ", "Metasubcibertrans", entre outros. Além da edição impressa, o livro também encontra-se disponível na rede em PDF

A apresentação do livro define a proposta: "O livro “Apropriações Tecnológicas. Emergência de textos, idéias e imagens do Submidialogia#3” surgiu da necessidade de organizar o material produzido durante o encontro Sumidialogia#3 (http://submidialogia.descentro.org), realizado em dezembro de 2007, em Lençóis, BA. Submidialogia, com o slogan “a arte de re:volver o logos do conhecimento pelas práticas e desorientar as práticas pela imersão no sub-conhecimento”, é um encontro com intuito de promover o estudo e discussões sobre teorias e práticas da mídia digital brasileira."

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Edição de imagens em jornalismo

No próximo mês de novembro, durante o 6º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo - SBPJor, que ocorrerá de 19 a 21 de novembro, na Universidade Metodista de São Paulo, em São Bernardo do Campo - SP, será lançado o livro Edição de imagens em jornalismo (Edunisc, 2008). Organizado por Ângela Felippi, Fabiana Piccinin e Demétrio de Azeredo Soster, o livro traz uma série de artigos que enquadra a temática da edição de imagem para televisão, design de impressos (jornais e revistas), fotografia, infografia, telewebjornalismo, jornalismo móvel e assessoria de imprensa.

Terei um artigo neste livro chamado "edição de imagens em jornalismo móvel" em que trato de questões que já apareceram neste blog e que fazem parte da minha pesquisa de doutorado na UFBA, ou seja, jornalismo e mobilidade no contexto da complexa atividade de edição de imagem. Com a emergência do jornalismo móvel considero que esta questão passa a ser mais sensível à medida que os repórteres com dispositivos móveis e conexões sem fio como 3G ou Wi-Fi têm a possibilidade real de executar tarefas de edição ainda em campo no processo de produção de suas reportagens. 

O livro traz uma série de artigos interessantes que preencherão uma lacuna na área tanto nas salas de aula de jornalismo/publicidade/design como nas redações do país. Portanto, será um livro fundamental para o embasamento técnico e teórico do contexto da edição de imagens. No campo da pesquisa também contribuirá com informações atualizadas e questões pertinentes. A capa do livro é de Rudinei Kopp, o prefácio do Sebastião Squirra e a apresentação de Fabiana Piccinin. Agradeço o convite do Demétrio de Azeredo Soster (e dos demais organizadores) para escrever um dos capítulos. Veja abaixo o sumário do livro e trecho do prefácio: 

  • PREFÁCIO: Sebastião Squirra; 
  • APRESENTAÇÃOo editor, o suporte e as imagens,  Fabiana Piccinin; 
  • Edição na tv: olhares híbridos no tratamento da  notícia, Fabiana Piccinin
  • Reflexões sobre a fotografia no jornalismo impresso, Élson Sempé Pedroso; 
  • O olhar cotidiano: estratégias sobre a imagem, Adair Peruzzolo; 
  • Produção de imagens pela assessoria de imprensa, Ângela Felippi;
  •  Telewebjornalismo: entre a autonomia e o outsourcing, Demétrio de Azeredo Soster;
  •  Edição de imagens em jornalismo móvel, Fernando Firmino da Silva; 
  • Que beleza! o infográfico e o jornalismo informativo, Tattiana Teixeira;
  •  O diálogo de ilustradores e editores, Gilmar Hermes; 
  • Design para capas de revistas: padronização e flexibilização, Rudinei Kopp; 
  • A forma na notícia, Ary Moraes.


"No contexto da comunicação, a edição jornalística de imagens é um tema extremamente importante. Neste sentido, a construção de conteúdos com imagens - e sons - vem recebendo a atenção dos teóricos e pesquisadores que a definem como um dos mais significativos recursos de informação disponibilizados na cena moderna. Muitos olham a imagem em sua forma unitária, outros focam alvos nas suas correlações nos processos narrativos cinéticos, justamente quando estas estão agrupadas no processo de significância dos meios eletrônicos. Depois de muita convivência com as mesmas aprendi que, de fato, as imagens em movimento têm força monumental fazendo com que a edição audiovisual configure-se com a “alma do processo” da comunicação em movimento, especialmente no (tele) jornalismo [...]". (prefácio de Sebastião Squirra).

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Mini-laptops para cobertura móvel




Os mini-laptops, que surgiram principalmente a partir do Asus EEEPC, podem ser considerados excelente ferramenta para o jornalismo móvel. Os motivos seguem: são realmente portáteis em consideração aos notebooks tradicionais; oferecem conectividade (3G, Wi-Fi), tem baterias com boa autonomia (de 3 a 4 horas); oferecem funções além dos smartphones; alguns já vem com espaço em disco considerável de até 160 GB como é o caso da HP e do Mobo. Só não vem com drive de CD e DVD. Mas quantas vezes você necessita destes drives? Claro que o celular cabe no bolso. Entretanto, estes mini-laptops oferecem a mesma experiência dos notebooks e podem ampliar as opções de tarefas a serem executadas como a facilidade na digitação e edição de áudio, vídeo, imagem e navegação mais confortável. Entendo que seria mais uma "máquina" complementar para o jornalismo móvel. A maioria dos mini-laptops cabem perfeitamente numa pequena mochila porque tem o tamanho aproximado de um livro e pesam menos de um kilo. Além disso o preço é compatível com o de um aparelho celular, o que para empresas de comunicação seria um atrativo para equipar seus repórteres.

Traduzindo em prática jornalística: o repórter pode digitar seu texto tranquilamente como se estive num computator da redação; editar fotos, vídeos e áudios em softwares instalados ou em aplicatvos online como o Photoshop Express. Como os mini-laptops vêm com webcam embutida é possível também fazer transmissões de eventos em streaming, o que vem sendo realizado de forma mais prática pelo Nokia N95. As opções de mini-laptos se expandem, como você pode conferir acima. 

Retomaremos o assunto posteriormente com detalhes de configuração destes computadores realmente potentes e portáteis. 

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Cobertura móvel participativa no JC Online


Depois da cobertura experimental ao vivo da TV Cultura com o programa Roda Viva, que entrelaça num mesmo ambiente vídeos, fotos, microblog e transmissão simultânea, oJC Online estreiou ontem uma cobertura participativanos mesmos moldes para acompanhar o evento Oi Fashion Music. Com celulares 3G Nokia N95, câmeras digitais, notebooks e programas como Qik eCoverItLive os repórteres postavam fotos e textos, transmitiam videos ao vivo do evento e realizava enquetes com a participação do público. Cada vez mais o Sistema Jornal do Commercio caminha para coberturas integradas e o desenvolvimento de projetos de jornalismo móvel no Brasil. Leia alguns trechos da matéria sobre a cobertura do JC Online:

"Lá no teatro, uma verdadeira "micro-parafernalha" para que tudo funcionasse na experiência piloto. Três repórteres e um designer, munidos de laptop, câmeras fotográficas, celulares 3G e um notebook, foram deslocados para o local, de onde tudo pôde ser atualizado. No QG (que poderia ser em qualquer lugar onde estivesse rolando os desfiles ou nos bastidores), um dos repórteres recebia as informações e as disponibilizava, fazendo também a moderação dos comentários enviados pelas pessoas que estavam "assistindo" aos desfiles. A ferramenta possibilita ainda a postagem de enquetes em tempo real, ampliando a interatividade com o público. "


UPDATE 19h00 de 05/10: O portal JC Online também está fazendo cobertura das eleições 2008 com CoverItlive, Flickr e quatro câmeras geradas por celular no Qik.


terça-feira, 23 de setembro de 2008

TV Cultura: na programação, microblogs e transmissão integrada para a Web

Tiago Doria traz um interessante post sobre a transmissão do Roda Viva da TV Cultura que  mistura vídeo, microblogs e transmissão em streaming. Com TwitterMogulus e Cover It Live e a participação ativa do público a TV Cultura é um dos poucos canais de televisão no Brasil a entender para onde caminha as mídias. A integração destes ferramentas estão proporcionando novas potencialidades para coberturas ao vivo. A TV Cultura já vinha experimentando o Twitter.

Em novembro estarei na Metodista de São Paulo apresentando na SBPJor um paper que trata desta interface entre as mídias de massa e as mídias de funções pós-massivas com os novos dispositivos de comunicação que permitem transmissões instantâneas em streaming ou textuais via celular ou outro portátil .  O artigo se chama "Jornalismo live streaming: tempo real, mobilidade e espaço urbano".  Algumas questões que coloco no artigo são: como estas novas ferramentas estão sendo incorporadas ao jornalismo? Que alterações trará para a produção e difusão de conteúdo jornalístico? Como o cidadão participa deste processo? Que aberturas podem ocorrer com as transmissões no suporte web móvel? Haverá uma competição entre o “ao vivo” da televisão e rádio com o “tempo real” da internet e de dispositivos móveis ou uma reorintação da produção jornalística que compatibilize as diversas aplicações em multi-plataformas? 

Na programação das mesas temáticas da SBPJor também há outros artigos que abordam o Twitter como ferramenta jornalística a exemplo do de Gabriela Zago intitulado o Twitter como suporte para produção e difusão de conteúdo jornalístico; e também o Marcelo Träsel com o artigo O uso de microblog como ferramenta de interação da imprensa televisiva com o público. Será um debate bem instigante tendo em vista o interesse cada vez mais crescente pela temática dos microblogs e das transmissões através destas ferramentas. 

Veja abaixo a descrição da experiência de ontem da TV Cultura por Tiago Dória: 


"Na noite desta segunda-feira, acompanhei a primeira “transmissão experimental participativa” do programa Roda Viva feita pela TV Cultura. A transmissão que, antes era realizada com o auxílio do Twitter, contou desta vez com o uso de uma câmera que mostrava os bastidores do programa ao vivo pela internet.

Você acompanhava o Roda Viva ao vivo pela TV e, ao mesmo tempo, durante o programa ou os intervalos, podia conferir na web uma câmera que mostrava os bastidores. Programa ao vivo na TV. Bastidores ao vivo na web.

Para entender como tudo funcionou entre nesta página. O esquema foi parecido com a integração que a Multishow fez com o Twitter durante a transmissão do Prêmio Multishow.

Em uma página, você assistia à transmissão ao vivo pelo site e acompanhava na mesma tela os comentários feitos por usuários do Twitter sobre o programa no box “Roda Viva no Twitter”.

O uso do box foi um avanço em relação à integração anterior que a TV Cultura fazia com o Twitter. Permitiu que uma pessoa que não tivesse a ferramenta ou nem soubesse o que era o Twitter pudesse acompanhar as mensagens/comentários. Fora isso, fotos eram publicadas direto dos estúdios no box “Fotos dos bastidores” e a cobertura do programa seguia no box “Live blog”."

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Band Repórter Celular



A Band continua utilizando o celular para produção de matérias ou entradas ao vivo. O telejornal "Primeiro Jornal" abre espaço para o Band Repórter Celular.  O curioso é que este nome "Repórter Celular" era utilizado em 2005 em projeto similar da TV Alterosa de Minas Gerais, vinculada aos Associados. 

As imagens acima são do programa do dia 28 de abril de 2008 e de hoje. 

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

domingo, 14 de setembro de 2008

Penetração das tecnologias móveis


Estou lendo o livro de James Katz "Handbook of Mobile Communication Studies", lançado este ano. O livro traz uma série de artigos que aborda a comunicação móvel e sua penetração em diversos ambientes da vida social e econômica das pessoas. Este tema é constante no nosso Grupo de Pesquisa em Cibercidades da UFBA visto que a maioria das pesquisas de mestrandos e doutorandos liderados pelo professor André Lemos está voltada para o mapeamento deste fenômeno e a exploração de suas facetas em práticas como mídia locativa, jornalismo móvel, smart mobs.
Bem, fiz este preâmbulo para fazer referência a foto acima registrada num restaurante de Natal durante o INTERCOM 2008, em setembro. A penetração das tecnologias móveis é visível no cotidiano das grandes, médias e pequenas cidades, representada principalmente pelo celular. Mas esta expansão vai além do uso pessoal de telefones móveis para comunicação entre as pessoas, familiares, etc. As empresas e os profissionais de diferentes setores da economia começam a utilizar de forma mais massivas estes dispositivos para agilizar os processos e oferecer mobilidade aos seus profissionais. No jornalismo começa a ser explorado de forma mais efetiva. O IBGE desde o ano passado muniu os recensiadores de palms para as pesquisas. Agora diversos restaurantes e pizzarias também adotam os smartphones e palms para os pedidos em tempo real dos clientes. Em Natal (foto acima) praticamente todos os restaurantes que frequentei durante o período da INTERCOM tinham garções com estes dispositivos para a anotação dos pedidos.
Esta constatação pode até parecer óbvia visto que o uso de tecnologias móveis está se naturalizando na vida contemporânea....

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Microblogs e streaming video em coberturas jornalísticas instantâneas


Venho acompanhando o desenrolar da relação entre os microblogs, das ferramentas de streaming video e o uso de dispositivos móveis para coberturas jornalísticas. Hoje foi publicado um post no Dot.Life da BBC com um relato de cobertura do evento de música da Apple com o uso de Twitter, o aplicativo Qik, a câmera de baixo custo Flip e rede 3G . Veja trecho do relato:

  • "Along with the micro-blogging, I managed a bit of instant video, using Qik. The quality is pretty poor - it's being streamed over a 3g network which seemed to struggle to get into the hall - but immediacy is the thing here. Apple is very controlling and bans live video relays of these events, so there is a kind of "pirate" appeal to getting the pictures out ahead of time. We now have a new BBC application which takes video straight from a mobile phone and feeds its straight to our broadcast server - but I judged these pictures did not merit that treatment."
O post da BBC é bem próximo do artigo "Jornalismo Live Streaming: tempo real, mobilidade e espaço urbano" que apresentarei em novembro na SBPJOR. Neste artigo discuto "a incorporação pelo jornalismo de ferramentas de geração de live stream (ao vivo) na produção da notícia. Com a expansão da infra-estrutura de tecnologias móveis digitais e conexões sem fio como Wi-Fi e 3G, aliadas ao desenvolvimento de aplicativos avançados na web, o jornalismo experimenta uma interface entre a mídia de massa e a mídia de funções pós-massiva na construção do tempo real na relação com o espaço urbano e a mobilidade. A reapropriação destas ferramentas para a produção jornalística introduzem novos critérios de noticiabilidade. Compreender estas mutações são fundamentais para um enquadramento conceitual do próprio futuro do jornalismo num ambiente de convergência e de digitalização midiática." Apresento neste paper algumas experiências brasileiras com comunicação móvel através do uso de ferramentas como o Twitter, Qik, Ustream, Justin.tv, Kyte.tv, Cover It Live, Mogulus Live Broadcast, Flixwagon. Mais a frente disponibilizarei este artigo para os interessados na temática.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Entrevista sobre tecnologia 3G


O jornalista Rodrigo Savazoni realizou uma entrevista comigo para a edição 27/agosto da Revista do Brasil para uma coluna sobre os usos da tecnologia de terceira geração 3G. A entrevista está nas páginas 6 e 7 do PDF da revista (disponível para baixar).

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

JC Online: investimento em cobertura móvel


O Portal JC Online continua com as fortes investidas em termos de cobertura móvel durante o período elitoral e de eventos de grande repercussão no Recife. Leia trecho do post do blog do Jamildo, do JC Online, sobre a cobertura multimídia da visita do presidente Lula a Pernambuco:

"Aqui no portal, sob a edição de Benira Maia e Gustavo Belarmino, além de euzinho, quatro profissionais estarão diretamente envolvidos na produção e edição do material multimídia, sem contar com o apoio de todos os jornalistas do sistema JC, cuja marca é a integração das mídias. Numa coincidência mais do que feliz, chegaram hoje novos equipamentos (aparelhos Nokia N95 com tecnologia 3G) que permitem a realização de jornalismo móvel em qualquer ponto da RMR."

Artigo na INTERCOM

Estarei durante esta semana no INTERCOM, em Natal. Na próxima sexta-feira à tarde estarei na mesa Jornalismo Digital (NP Jornalismo) apresentando o artigo "Jornalismo reconfigurado: tecnologias móveis e conexões sem fio na reportagem de campo" (baixe em PDF). Neste artigo discuto algumas questões da minha pesquisa de doutorado que analisa a relação jornalismo e mobilidade e as alterações a partir da introdução das tecnologias móveis de redes sem fio. Vou mostrar como estas tecnologias estão alterando as rotinas produtivas dos jornalistas e apresentar algumas experiências brasileiras de grupos de comunicação com jornalismo móvel, mais especificamente com o uso da tecnologia celular 3G.
Será a oportunidade de rever amigos da área de comunicação e discutir o estado da arte na área. Espero encontrar alguns dos leitores deste blog por lá para trocarmos idéias.
Tentarei atualizar alguma coisa por lá via blog ou www.twitter.com/fernandofirmino

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Entrevista: Sidclei Sobral fala sobre experiência de jornalismo móvel no JC OnLine do Recife


Entrevistamos via email um dos responsáveis pela viabilização da transmissão ao vivo por celular 3G do portal JC OnLine, ocorrida na última quinta-feira (28/08) durante o debate dos candidatos a prefeito do Recife. Trata-se do designer Sidclei Sobral (o segundo da esquerda para a direita foto). Formado em design pela Universidade Federal de Pernambuco, especializado em desenvolvimento de interfaces web e interessado no crescimento da web móvel e do jornalismo móvel, Sobral é um dos mais premiados profissionais do Brasil na assinatura de projetos de reportagens multimídias, dos quais o JC Online vem acumulando prêmios nos últimos anos. Ele coordena o departamento de Web-Design do JC OnLine desde 1998. Nesta entrevista Sobral comenta como foi concebido a experiência com jornalismo móvel do portal, os projetos na área mobile e também dos prêmios de jornalismo digital.

O Sistema Jornal do Commércio vem investindo em cobertura em tempo real desde 2005. Atualmente avançou com o uso da tecnologia de terceira geração. Como tem sido esta transição para tecnologias mais avançadas visando mais mobilidade para os repórteres e fotógrafos?
SIDCLEI SOBRAL - Por se tratar realmente de um processo de transição, as expectativas são maiores do que as mudanças propriamente ditas. A princípio, essa transição é um pouco tímida por parte de repórteres, talvez pela falta de perícia no manuseio de aparelhos mais sofisticados como o N95, apesar da boa usabilidade do aparelho. No que diz respeito aos fotógrafos, essa transição é mais natural, pois eles exploram muito mais as capacidades dos dispositivos. Falando específicamente dos repórteres do JC OnLine, estes estão muito mais animados e mais abertos a novas experiências com mobilidade, e percebem mais facilmente as potencialidades do uso de celulares como ferramenta de trabalho do repórter em situação de mobilidade. Paralelo ao uso do celular como ferramenta de trabalho, também procuramos usar o celular como canal de contato direto com o usuário, para que este possa enviar fotos, vídeos ou áudios direto para a redação. Trata-se de um canal a mais para viabilizarmos o jornalismo colaborativo, a exemplo do projeto Meu JC.

Na semana passada o portal JC Online iniciou experiências de jornalismo móvel com transmissão ao vivo através de celular do debate dos prefeituráveis do Recife. Fale um pouco sobre esta experiência. Que tecnologias vocês estão utilizando? Quais foram as dificuldades e qual o impacto da iniciativa na produção jornalística do portal?
SIDCLEI SOBRAL - Essa experiência foi muito positiva e vem sendo percebida como um marco nos mais de 10 anos de existência do JC OnLine. Tudo começou com a descoberta de uma aplicação gratuita (QIK), que abre um sinal de streaming direto de aparelhos celulares com câmera digital e acesso à internet. A partir daí foi fácil, pois tínhamos celulares Nokia N95 habilitados com plano de conexão 3G. O passo seguinte foi criarmos uma conta no site do software, fazer download gratuito da aplicação e iniciarmos os testes. Fizemos alguns testes utilizando a rede 3G e a rede wireless da redação e, em ambos os casos, os resultados foram positivos, o que nos deu segurança para tentarmos uma transmissão ao vivo de verdade. Foi o que fizemos no dia do primeiro debate entre candidatos a prefeito do Recife. O resultado da experiência foi bastante satisfatório, apesar da qualidade relativamente baixa das imagens transmitidas. Acreditamos que a baixa qualidade das imagens seja devido à oscilação da conexão 3G, pois no período de realização da transmissão, a conexão não estava das melhores. O software em si é bastante simples, permite configurações de conexão (Wi-Fi, HSDP, UMTS, etc), qualidade do vídeo (320x240, 640x480) e a definição se a visualização do vídeo é publica ou privada. No tocante à produção jornalística, não houve maiores problemas, pois o uso do celular como ferramenta de trabalho vem sendo bastante discutido, o que faz com que os repórteres estejam mais abertos a essas novas possibilidades. Um outro fator importantíssimo é o fato de que os estagiários já chegam à redação familiarizados com tais recursos, diferentemente dos "jornalistas das antigas", que são um pouco arredios a novas experiências. No caso específico da transmissão do debate eleitoral, mandamos dois repórters jovens e previamente treinados com a ferramenta.

Os celulares 3G estão sendo utilizados em que situações ou em que tipo de cobertura jornalística no Grupo?
SIDCLEI SOBRAL - Como disse anteriormente, as iniciativas ainda são tímidas dentro do Sistema Jornal do Commercio. A princípio, e não por acaso, os entusiastas dessas tecnologias são os repórteres do JC OnLine, e eles estão utilizando os celulares 3G para envio de áudio, vídeo e fotos para a redação em situações factuais de cobertura da imprensa (visitas do presidente Lula, por exemplo), cobertura de jogos importantes e em eventos que necessitem de cobertura em tempo real.

Além das iniciativas no campo do jornalismo móvel, o Jornal do Commercio e o portal JC Online são bastante premiados em relação a projetos de design e de reportagens multimídia, dos quais você é responsável pelo desenvolvimento do design. Entre os prêmios importantes estão "Prêmio Nuevo Periodismo (México) - 2007", "Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos - 2006". Como tem sido o desenvolvimento destes projetos que têm superado grupos de comunicação com uma infra-estrutura e uma equipe maior que a de vocês?
SIDCLEI SOBRAL - Graças aos prêmios, o JC OnLine vem conquistando respeito e credibilidade dentro e fora da redação. Isso é muito bom. Nos primórdios do JC OnLine (1998), o nosso papel era servir ao Sistema Jornal do Commercio de Comunicação em tudo que fosse relativo a internet. Nossa função era criar e manter os sites do sistema de comunicação. Com a solidificação do portal, a equipe ficou mais segura para desenvolver conteúdo próprio, e isso siginificava, pelo menos para mim, fazer algo diferente. E quando se trata de internet, fazer algo diferente é inovar em forma e conteúdo, livres das limitações do papel ou do tempo das mídias tradicionais. Foi o que fizemos! Graças a uma equipe unida e com um discurso coeso, foi possível desenvolver os mais variados projetos em jornalismo online com uma meta bastante clara: fazer melhor. Fazer melhor em termos de design e conteúdo. Acredito que é isso que nos leva adiante, apesar da pouca infra-estrutura e da equipe pequena que temos. Nossa percepção do jornalismo online vem se aperfeiçoando a cada dia e o advento de novas tecnologias colaboram para esse crescimento profissional. Quando olho para trás e vejo a quantidade de prêmios que conquistamos, vejo que estamos no caminho certo, e tenho o maior orgulho de fazer parte desse pedacinho da história e da evolução do jornalismo. Apesar das dificuladades peculiares de cada projeto, temos como premissa, em termos de design, superar o projeto anterior. É claro que nem sempre isso é possível, mas é nosso objetivo. Hoje em dia não se pode pensar em projetos jornalísticos multimídia, digital, interativo, imersivo, convergente ou móvel sem a figura do designer. O designer é um dos elementos-chave para desenvolvimento de qualquer documento jornalístico hipermidiático. A equação forma+conteúdo, ou design+jornalismo, é imprescindível para a formulação do jornalismo convergente.

#Legenda da foto acima: da esquerda para a direita: Thiago Lucio, Sidclei Sobral, Carol Carvalho e Jamildo Melo.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

JC Online transmite debate ao vivo no Recife através de celular 3G e tecnologia Qik

O Sistema Jornal do Commercio, Recife, foi pioneiro no uso da tecnologia 3G no jornalismo brasileiro com a criação, em novembro do ano passado, do projeto "Notícia Celular" da TV Jornal. Uma nova experiência se iniciou ontem no portal JC Online com a transmissão ao vivo do Debate dos Candidatos a Prefeito do Recife com o uso de um celular Nokia N95 e a tecnologia Qik para transmissão em streaming. Hoje foi transmitida entrevista para o Blog do Jamildo com o secretário de Saúde e vice-governador de Pernambuco, João Lyra, falando sobre a crise no setor. O Sistema Jornal do Commercio passa por um processo de convergência voltado para novas mídias e a adoção de celulares como plataforma de produção na TV, Portal e outros veículos do grupo. Este ano foi criada a diretoria de Novas Mídias para coordenar os processos voltados para a comunicação móvel e adoção de ferramentas jornalísticas.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Jornalismo móvel de baixo custo



O prática do jornalismo móvel ou da produção de conteúdo (áudio, vídeo e fotos) tem sido realizada com mais frequência com a utilização de celulares sofisticados como o Nokia N95 devido a qualidade próxima a DVD com câmera de 5 megapixels a exemplo do projeto da agência Reuters. O iPhones entrou na área também. Entretanto, começam a surgir equipamentos mais acessíveis e baratos para finalidades que não exijam um registro de imagens ou vídeos em alta resolução. A Creative, dos Estados Unidos, tem disponível no mercado a Vado Pocket Video. Trata-se de uma câmera de apenas U$S 99 com capacidade de gravação de até uma hora no formato MPEG-4 e AVI com 30 quadros e armazenamento na memória interna de 2GB. É uma câmera bem portátil com peso de 84 gramas e bateria. Há outras opções no mercado com as mesmas características como a Flip e Aipitek que custam menos de U$S 200. Veja uma demonstração da Vado. Uma cobertura jornalística pode perfeitamente ser realizada com uma câmera como esta sem o medo de ser roubado e se perder uma fortuna.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Globomail: melhora e PIORA. Na migração usuários perdem pastas e arquivos


Até que enfim a Globo.com mudou sua plataforma de email (Globomail). Desde 2003 que não havia atualização perdendo espaço para outros serviços de correio eletrônico mais modernos. Seguindo a tendência do IG e do Estadão, que migraram para a plataforma do Gmail, o Globomail se tornou Globomail Pro com 10 gigas de espaço e com a mesma interface do Gmail.Entretanto, um porém: alguns usuários foram pegos de surpresa ao perceber que na migração várias pastas e arquivos sumiram. Como todos sabem o email pessoal é um ambiente onde as pessoas guardam arquivos importantes - pessoal e profissional - da vida moderna. Até o momento a Globo.Com não se pronunciou sobre os problemas e prejuízos causados aos usuários do seu Globomail e não se sabe a dimensão dos estragos. Alguém mais teve problema?

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Curso discute Web 2.0 e Mobilidade



Acontece até amanhã, das 15 às 18h, no auditório da FACOM/UFBA, o curso "Tendencias em comunicación móvil y mobile web 2.0: de usos lúdicos a usos empresariales" com o pesquisador Hugo Pardo, professor de Comunicação Audiovisual (Universidade Autônoma de Barcelona) e professor titular do Departamento de Comunicação Digital da Universidade de Vic (Barcelona). Ele também é coordenador do projeto Campus Móvil e autor do livro Planeta Web 2.0 ((faça o download gratuito), que já foi baixado mais de 100 mil cópias.
O curso é realizado pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas através dos grupos de pesquisa GPC (Grupo de Pesquisa em Cibercidades) e GJOL (Grupo de Pesquisa em Jornalismo Online), da Faculdade de Comunicação da UFBA.
A abertura, ontem, foi feita pelos professores Marcos Palacios (GJOL) e José Carlos Ribeiro (GPC). No primeiro dia, o pesquisador Hugo Pardo apresentou um panorama conceitual e de aplicações da Web 2.0 partindo dos sete princípios norteadores do termo Web 2.0 estabelecidos por O´Reilly em 2004 no artigo "What Is Web 2.0 - Design Patterns and Business Models for the Next Generation of Software" na tentativa de estabelecer uma transição da Web 1.0 para Web 2.0 como fenômeno tecno-social. Entre as aplicações destacas como representantes deste universo 2.0 estão Wikipedia, YouTube, Flickr, Wordpress, Blogger, MySpace, Facebook, OhMyNews.

Hoje será abordado no curso a temática "Mobile Web 2.0". Pardo irá apresentar aplicações e discutirá a questão da mobilidade no acesso e na produção de conteúdo num cenário de web móvel.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Curso sobre Comunicação Móvel e Web 2.0


O Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas, em conjunto com os grupos de pesquisa, GPC (Grupo de Pesquisa em Cibercidades e GJOL (Grupo de Pesquisa em Jornalismo Online), da Faculdade de Comunicação da UFBA realizarão nos dias 19, 20 e 21 de agosto, em seu auditório, no horário das 15 às 18 horas, o Seminário "TENDENCIAS EM COMUNICACIÓN MÓVIL Y MÓBILE WEB 2.0. DE USOS LÚDICOS A USOS EMPRESARIALES".
Tem como convidado, Hugo Pardo, Prof. Dr. em Comunicação Audiovisual (Universidade Autônoma de Barcelona). Ele é professor Titular do Departamento de Comunicação Digital da Universidade de Vic (Barcelona, Espanha), coordenador do Projeto Campus Móvil, autor do livro "Planeta Web 2.0. Inteligencia colectiva o medios fast food". O seminário visa apresentar um panorama preciso do momento atual de desenvolvimento da Web 2.0, especialmente em relação a sua convergência com os dispositivos comunicacionais móveis. As inscrições serão efetivadas no primeiro dia do evento.

Entrada franca
Informações: NICOM/FACOM/UFBATel: (71)3283-6182E-mail: nicom@ufba.br

sábado, 9 de agosto de 2008

Ao vivo do celular

"Live From Your Phone - Broadcasting video direct your cell". Este é o título da matéria jornalística de Brian Braiker da Newsweek relatando que na semana passada políticos no Congresso americano foram surpreendidos com transmissão ao vivo do local quando já havia sido encerrada a sessão oficial para entrada no recesso de verão. Não havia repórteres com câmeras convencionais, entretanto Mike Pence, de Indiana, filmou em tempo real uma discussão sobre política de energia a partir de um celular Nokia N95 e o aplicativo Qik. A matéria mostra as implicações que os celulares com câmera embutida e os serviços de streaming de vídeo ao vivo como Qik, Kyte.tv e Flixwagon representam para a cena atual com a possibilidade de transmissões como um broadcast de televisão. Para Braiker os celulares seriam verdadeiras estações de televisão em tamanho de "bolso" (pocket-size) ou estúdios portáteis de televisão que se pode carregar para qualquer lugar para filmar e editar com qualidade de DVD (com o Nokia N95). Enviei artigo para a SBPJor 2008 que trata do tema na perspectiva do jornalismo em live streming e a configuração do tempo real, da mobilidade e do espaço urbano em torno do fenômeno. Leia trecho abaixo:

  • "Portanto, o aporte destas ferramentas oriundas da web e dos dispositivos móveis instauram novas formas de geração de transmissão em tempo real adotadas pelo jornalismo digital e também incorporadas pelos broadcasts para a emissão ou recepção de conteúdo em situação de mobilidade. O surgimento das diversas plataformas tendem a consolidar uma característica de “ao vivo” através do uso de ferramentas como microblogs (Twitter, principalmente), moblogs e canais de stream como Qik, Ustream, Justin.tv, Kyte.tv, Cover It Live, Mogulus Live Broadcast, Flixwagon e de transmissão de jogos de futebol em tempo real na web através de canais de minuto-a-minuto. Constatamos que há um movimento dos meios de massa como televisão no sentido de estabelecer uma aproximação e interação maior com estas modalidades emergentes do jornalismo digital [...] centradas no uso de celulares para as transmissões para a web ou para televisão. "

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Experiências de jornalismo móvel em expansão


A Nokia fechou parceria com a Bizcommunity, um dos principais sites da África do Sul de marketing e publicidade, para a produção de matérias jornalísticas multimídias através do uso de celulares Nokia N82. Este celular tem cinco megapixels de resolução oferecendo uma imagem próxima da qualidade de DVD. Os telefones estão preparados para uploads e publicação direta de reportagens. Via Journalism.uk


Em julho, a Nokia expandiu o seu projeto de Jornalismo Móvel junto a estudantes da África do Sul fornecendo seu kit composto por celular Nokia N95, teclado bluetooth, microfone externo e tripé para estabilização das gravações de entrevistas e reportagens. Este kit vem sendo utilizado desde outubro do ano passado pela equipe de jornalistas da agência de notícias Reuters no trabalho em mobilidade em várias partes do mundo para coberturas multimídia via celular. abaixo leia mais sobre a experiência com os estudantes da África:


  • "After the experiment with the Nokia packages by Reuters, which gave the kit to journalists for filing news reports on the move, journalism students from the University of Witwatersrand (WITS) and first year film and television students from City Varsity school are using the same equipment to produce and distribute mobile news content.Launched today, their Mojozone site will deliver multimedia news and event information to the mobiles of students on campus using WAP and bluetooth technology provided by South African firm DStv Mobile.Text, images and video will feature on the site, all created and uploaded using the Nokia kits, which include a Nokia N95 8GB handset, a portable keyboard with phone stand, and a tripod.Technical support will be provided by Nokia throughout the course, which will end in October for the WITS students.The initiative will see students trained to capture video and audio using mobile technology, and to use web-based content management systems.“They are also having to think very carefully about the nature of the platform they are using and how this should affect the content they produce,” Indra de Lanerolle, adjunct lecturer on the WITS journalism programme, told Journalism.co.uk"

terça-feira, 29 de julho de 2008

Jornalismo móvel na revista Época


Revista Época adota conceito de Jornalismo Móvel em São Paulo com repórter fazendo matérias com um celular Nokia N95 pelas ruas da cidade. Através do Urblog da revista Época SP, que entrou no ar esta semana, serão explorados temas vinculados ao espaço urbano. Vídeos, histórias, percepções da cidade serão relatadas diariamente no blog sem um roteiro prévio, sem uma pauta definida. A ideia é mostrar o que foge do olhar pautado dos repórteres. Transmissões ao vivo direto da rua via celular e o uso da tecnologia geotagging associada ao local de produção da matéria faz parte do projeto Urblog. [Leia texto de Tiago Doria].

O Grupo de Pesquisa em Cibercidades - GPC da UFBA, em Salvador, vem estudando a relação tecnologias móveis e conexões sem fio em interação com o espaço urbano e a emergência de novas práticas neste entorno. A proposta do Urblog da Época- como um blog urbano que se utiliza de tecnologias móveis (neste caso o celular) como plataforma de produção vinculada às conexões sem fio Wi-Fi e 3G - faz parte das novas práticas na apropriação destes dispositivos como ferramentas jornalísticas. A mobilidade e a portabilidade são conceitos associados ao que denominamos de jornalismo móvel. Esta é uma prática que vem se expandindo pelos grupos de comunicação nacionais e internacionais e gradativamente vem sendo incorporada à estrutura tradicional como um ambiente móvel de produção a partir do uso do celular como um dispositivo híbrido.