sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Repórteres móveis na África


A produção móvel do projeto "Voices of African" (leia post publicado aqui) do African News voltou a ser destacado pelo mundo afora. Agora o MobileActive trouxe duas matérias sobre a produção jornalística a partir de celulares: Voices of Africa: Citizen Reporting With Mobile Phones e Mobile Reporters in Africa: Guest Blog from AfricaNews' Mobile Voices.

O projeto "Voices of African" se caracteriza pelo uso de telefones móveis da Nokia E61 para a produção e envio de fotos, vídeos, áudio e textos diretamente para o site do projeto. Quatro países africanos participam da cobertura África do sul, Moçambique, Gana e Kenia. Os repórteres utilizam redes wireless GPRS. A escolha do GPRS como conexão sem fio oferece a possibilidade de cobertura em lugares remotos, de difícil acesso, onde seja improvável a existência de zonas wi-fi. A idéia é ter 20 profissionais envolvidos no projeto. A dica veio do novo Blog do meu amigo Danilo Cyberdemo.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Novo Globo.Com. E o globomail, quando muda?


O portal Globo.com amanheceu com cara nova. Houve um redesenho do portal seguindo a tendência das mudanças do Estadão, Folha Online e IG que mudaram recentemente. Valorizaram a navegação intuitiva pelas cores (separando mais adequadamente notícias, esportes, entretenimento e vídeos), adicionaram tags (palavras-chaves dos assuntos mais procurados) e utilizaram as laterais para estruturar os sites e ferramentas de destaques das Organizações Globo como rádios, jornais, tv. Ficou bem melhor que o layout anterior, apesar de não apresentar nada revolucionário. Com essa mudança na página principal eu esperava que o email da Globo também mudasse. O email é péssimo em termos de navegabilidade e de recursos. Não é possível utilizar HTML ou destacar trechos nas mensagens (como negrito, cores), o envio de mensagem para sua rede de contatos é limitado a 50 emails por vez e uma série de outras limitações. Eles deveriam pelo menos se aproximar do Gmail. Está na hora de trabalhar nesse ponto equipe Globo.com. Há mais de cinco anos que o email não muda nada na sua estrutura.

De qualquer forma assistam um vídeo falando das mudanças no Portal

fernando f. silva

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Festival de mídias móveis

Para os que estão sempre fazendo arte e performances a partir de celular, smartphones e palms estão abertas as inscrições para a segunda edição do Festival Internacional de Arte em Mídias Móveis. As inscrições se encerram no dia 2 de outubro. O tema desse ano é "a arte não está mais no mesmo lugar".
Outras informações no

http://www.telemigcelular.com.br/artemov


postado por fernando f. Silva via smartphone

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Blog atualizado via smartphone




A partir de hoje esse blog vai exercer com mais ênfase a mobilidade com características de um moblog (blog móvel). Boa parte dos posts serão enviados em situação de mobilidade diretamente de um smartphone Treo, da Palm, através de MMS (mensagem multimídia). Já vinha fazendo a atualização de alguns posts dessa forma, mas a intenção agora é intensificar ao máximo essa prática visando experimentar as situações reais do jornalismo móvel. Durante este período terei a oportunidade de relatar as facilidades e dificuldades do uso de dispositivos móveis a partir da interface com o espaço urbano. A escolha do smartphone se dar pela portabilidade, pelos recursos disponíveis (editores de texto, câmera digital, acesso à email e web) e pela conexão permanente via GPRS da operadora de telefonia. Essa experiência também servirá de suporte para as pesquisas da minha tese de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da UFBA, orientada por André Lemos, sobre a produção jornalí­stica a partir do uso de tecnologias móveis digitais e conexões sem fio.

fernando f. silva

Blog móvel

O blog Jornalismo Móvel está preparando uma série de posts sobre ferramentas e situações de uso das tecnologias móveis com um teor mais conceitual auxiliado por vídeos, fotos e slides. Aguarde!

fernando f. Silva

Manipulação de imagens



Veja nesse vídeo as possibilidades de manipulação de imagens que os programas de editoração e retoques de imagem permitem realizar. Veja até o final porque as melhores partes estão lá. Este veio do O´Relly Radar.

Ferramentas para a mobilidade



Um kit móvel de viagem que eu transformaria em parte de um kit do repórter móvel: "iPod, Nokia n95, Cybershot, adaptador para USB do iPod, cartão microSD, fone Sony com Noise Reduction, teclado Bluetooth e GPS extra Bluetooth". Esse kit móvel está no blog Ubimídia do professor Eduardo Campos Pellanda (da PUCRS). Aproveite e visite o blog, que trata de questões como mobilidade e internet móvel.
fernando f. silva

domingo, 26 de agosto de 2007

Três blogs de jornalismo - DICAS

Vou dar a dica de três blogs que gosto muito de visitar, ler e compartilhar. Um é Os Filhos da Pauta, mantido pelo professor e produtor da TV Paraíba, Leonardo Alves, pelo repórter do Correio Braziliense, Daniel Brito e pelo repórter do Imparcial, Pedro Henrique Freire. O blog versa sobre a experiência do dia-a-dia desses três profissionais com informações de bastidores (espécie de making-of da produção de suas matérias). Excelente para profissionais da comunicação e para estudantes de jornalismo que têm a curiosidade de saber como funciona as relações com as fontes, com outros profissionais e com a própria empresa de comunicação. Considero uma aula (fora de sala) de jornalismo. Vale a pena conferir.
Outro blog que sempre visito é o Reunião de Pauta, do professor e doutorando da PUC-SP, Renato Salatiel. Dicas instigantes da área de jornalismo e uma interação interessante com os alunos que compartilham os posts referentes às aulas. E outro que descobri recentemente é o Lambida Digital (lá tem uma explicação para o nome) que traz informações e notícias pertinentes do jornalismo (principalmente o digital) com discussões de interesse de alunos e professores da área. É um blog coletivo.
Acesse esses três blogs e confira você mesmo as minhas impressões.

fernando f. silva

Jornalismo e GPS

Um artigo interessante sobre jornalismo e GPS [veja post sobre o assunto publicado aqui] e o uso de tecnologias móveis foi publicado pelo blog Comunicamos, de Portugal, pelo professor João Simão do Curso de Ciências da Comunicação da UTAD com o título jornalismo GPS. (obrigado Simão pelo link).

fernando f. silva

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Blogger incorpora vídeos

O Blogger incorporou a sua plataforma de postagem a possibilidade de upload de vídeos. Podem ser utilizados vídeos nos formatos AVI, MPEG, QuickTime, Real e Windows Media, com tamanho máximo de 100 MB. Mais uma boa opção. Já era possível postar vídeos a partir do Youtube.

TV Cultura e a tv digital

TV Cultura, de São Paulo, prepara sua transmissão digital, que incluirá transmissão também para dispositivos móveis como celulares e notebooks, conforme o modelo de tv digital adotado no Brasil. O sistema digital no país pode abrir espaço para práticas similares aos japoneses, que assistem tv pelo celular. Isso valorizará mais ainda os dispositivos móveis como uma mídia receptora e produtora de conteúdo.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Google map, infografia e jornalismo


O Los Angeles Times utiliza o Google Map para formatar uma infografia sobre os homícios na região nos Estados Unidos. É um mapa interessante porque cruza as informações dos bancos de dados dos homicídos ocorridos desde o início de janeiro com uma série de informações dia da semana em que ocorreu, raça, gênero da morte, idade e a localização no mapa, onde você encontra como adicional fotos e dados da vítima. Acessei esse mapa pelo blog da Rose Angelica.

fernando f. silva

Projeto WI-Fi Salvador já está no ar

Já está no ar o projeto WI-FI Salvador do Grupo de Pesquisa em Cibercidades da FACOM/UFBA realizado pelos pesquisadores do grupo (do qual também faço parte) sob coordenação do professor André Lemos. É um projeto inédito no país que utiliza o Google Map e um blog para registrar os pontos de conexão sem fio em Salvador (os hotspots). Já foram catalogados mais de 50 nesse levantamento inicial. Acessando o blog do projeto você pode também indicar outros pontos para acesso e enviar fotos e vídeos, além de deixar seu comentário sobre sua experiência com a conexão sem fio. O Projeto foi lançado na semana passada durante o Ciclo de Debates sobre Cibercultura, no Institut Goethe, em Salvador, onde foi discutido o tema sobre mídia locativas. No vídeo abaixo está um trecho da participação do professor doutor da UFBA, André Lemos, falando sobre mídias locativas e tecnologias móveis.

Impressão a partir do celular

Os aplicativos para dispositivos móveis não param de crescer. Desta vez foi a HP que anunciou um aplicativo para impressão a partir do celular sem passar por um computador ou notebook. A ferramenta se chama "CloudPrint" e pode imprimir de qualquer lugar. Através do Google Map é possível inclusive localizar uma impressora próxima para a impressão. Leia mais na Folha Online.

fernando f. silva

Lista de blogs no Monitorando

O Monitorando do Rogério Christofoletti chegou a 100. É o número de blogs presentes da lista de pesquisadores da área de comunicação presentes na rede com blogs. Muitos blogs interessantes. Vale a pena sempre dá uma passada por lá. O ponto se tornou o centro irradiador dos blogs de comunicação.

fernando f. silva

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Artigo sobre jornalismo móvel


Leiam na edição do Jornalistas da Web um artigo meu sobre o uso de dispositivos móveis na produção jornalística.
fernando f. silva

domingo, 19 de agosto de 2007

mobilidade

Tenho acompanhado alguns blogs nos quais a atualização dos mesmos são feitas a partir de dispositivos móveis como o nosso (este post está sendo enviado de um Palm Treo 650). Além das facilidades dos celulares e smartphones que utilizam tecnologia GPRS as empresas de telefonia celular começam a vender chips para conexão de notebooks dentro da cobertura da rede sem dependência das conexões wi-fi. A TIM e a Vivo já comercializam esses chips. Em breve voltaremos à questão.

Fernando f. Silva

Tela flexível



Um vídeo interessante sobre a tela de tv dobrável, flexível.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Entrevista com Cremilda Medina no podcast Tecnodesign

Na edição atual do nosso podcast Tecnodesign temos uma entrevista com Cremilda Medina, jornalista, pesquisadora e professora titular da Escola de Comunicação e Arte da USP, de São Paulo. Ela atua na área jornalística há mais de 40 anos. Fez carreira no Jornal da Tarde e O Estado de São Paulo, onde ocupou a editoria de artes durante 10 anos. Cremilda Medina é uma das principais pesquisadoras sobre as técnicas de entrevistas e as narrativas jornalísticas da contemporaneidade, tendo escrito onze livros de referência na área, entre eles: “Notícia: um produto a venda”, “Entrevista, o diálogo possível”, “A arte de tecer o presente”, e o mais recente “O signo da relação: Comunicação e pedagogia dos afetos”, lançado em 2006.
A entrevista foi feita pela jornalista Adriana Alves especialmente para o podcast Tecnodesign. Confira abaixo alguns dos trechos da entrevista e escute na íntegra no Tcnodesign. Está bastante interessante porque ela fala sobre as estratégias para uma boa entrevista e sobre as novas ferramentas tecnológicas utilizadas para entrevistas.

Adriana Alves - A notícia na internet difere da notícia do meio impresso devido, principalmente, ao fato de agregar novos recursos à narrativa como hiperlinks, infografia multimídia, áudio, vídeo. Na sua opinião que implicações para a construção da narrativa jornalística a agregação desses novos recursos representam?
Há um facilitismo hoje que diminuiu o encontro dialógico. Acho que estes instrumentos tecnológicos a começar pelo telefone e a terminar pela internet e pelo e-mail são muito ágeis, facilitam um trabalho quando você quer obter informações pontuais. Agora se você quer conhecer uma pessoa, um ambiente, conhecer mais profundamente uma situação, recorrer a internet, ao telefone, como é comum hoje no processo jornalistico, dimuniui a qualidade do trabalho. A relação do repórter ou do jornalista com a realidade, as fontes dessa realidade, com os protagonistas sociais, não é uma relação puramente verbal. A entrevista é averbal e a realidade nos dá outras informações que não são verbais. A observação, o olho do jornalista, os sentidos para perceber o que se passa ali naquele ambiente, naquela situação são fundamentais. E ainda nós não temos ainda uma tecnologia tão inteligente assim que passe o tato, o olfato, nos passe o cheiro paladar das situações que nós vamos descrever, que nós vamos narrar.

Adriana Alves – E como o jornalista lida com essa questão do tempo tendo que fazer, muitas vezes, uma entrevista por email?
É uma situação que devemos ter consciência dos seus limites e não transformá-la na solução para tudo. Pode usar na medida das circunstâncias, das impossibilidades de ir ao vivo, presencialmente, ao encontro, mas não transformar na regra, porque há muitas oportunidades de sair e ir ao encontro presencialmente. É a mesma coisa que a educação, que pode ser a distância, mas ela não dispensa a educação presencial. Se nós adotarmos este modelo pela mania que as tecnologias resolvem, nós ficaremos abaixo dos países desenvolvidos . porque nos modelos de educação dos paises desenvolvidos e de jornalismo , não se eliminou o presencial e a tecnologia também está presente lá. A presença é insubstituível por mais que mesmo que você tenha máquinas que te tragam velozmente, rapidamente informações. Não é suficiente.

Escute no podcast Tecnodesign

fernando f silva

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Grupo de Pesquisa em Cibercidades da UFBA lança projeto WI-FI Salvador



Na próxima quarta-feira, dentro da programação do Ciclo Internacional de Debates sobre Cibercultura, será lançado, em Salvador, um projeto inédito de mapeamento de conexões sem fio realizado pelo Grupo de Pesquisa em Cibercidades da FACOM/UFBA. É um projeto interessante para quem utiliza tecnologias móveis como notebook, computadores de mão e smartphones com wireless para estabelecer novas relações com o espaço urbano. Leia abaixo as informações e acesse o projeto http://www.wifisalvador.facom.ufba.br/


"O Grupo de Pesquisa em Cibercidade, da Faculdade de Comunicação da Ufba, lança nesta quarta às 19 horas, no Teatro do Icba, durante o Ciclo Internacional de Debates sobre Cibercultura, o site com o mapeamento dos hotspots de Salvador. O Wi-Fi Salvador (ver mapa acima) é um projeto que tem como objetivo mapear os pontos de acesso sem fio, revelando visualmente o desenvolvimento dessa tecnologia de acesso à internet na capital baiana e com isso informar às pessoas dos locais onde há a possibilidade de acessar a internet móvel.O projeto Wi-Fi Salvador é inédito no Estado e pioneiro no Brasil. Até agora, há mais de 50 locais de conexão sem fio registrados. “Nos principais serviços de busca na internet (nacionais e internacionais), não encontramos mais do que 10 hotspots para Salvador. Isso não corresponde à realidade como já mostra o número de hotspots descobertos pela equipe do GPC”, explica o professor André Lemos, coordenador do projeto. ”Para que o nosso mapa esteja sempre atualizado, construimos um blog colaborativo onde qualquer pessoa pode indicar novos hotspots, enviar material multimídia e comentar os lugares e sua experiência.”A tendência do crescimento de pontos de acesso a internet Wi-Fi em Salvador reflete uma panorama mundial e nacional. No Brasil, cidades como Belo Horizonte e Ouro Preto (MG), Parati (RJ) e Porto Alegre (RS) estão implantando redes sem fio através da iniciativa dos poderes públicos municipais e/ou estaduais. Entretanto, em Salvador não existe nenhuma iniciativa do poder público local e o aumento do número de hotspots é promovido apenas pela iniciativa privada ou pelo uso doméstico. O site além de identificar a localização dos hotspots, conta com fotos, vídeos e depoimentos das pessoas que utilizam essas conexões. O endereço do site é
www.wifisalvador.facom.ufba.br ."

sábado, 11 de agosto de 2007

Seminário internacional sobre multimídia


Uma dica para sua agenda: em setembro tem o II Seminário Internacional de Imprensa Multimídia com o tema "as plataformas digitais e distribuição de conteúdo jornalístico multimídia". Algumas das discussões já foram tratadas aqui no blog como a convergência multimídia. O evento ocorrerá nos dias 3 e 4 de setembro deste ano no Auditório da PUC/RS, em Porto Alegre. Na programação especialistas em tecnologia como Ethevaldo Siqueira, Jean Paul Jacob e outros profissionais do jornalismo. Entre os temas de destaque estão " Convergência dos meios e os cenários futuros da indústria jornalística", "O mercado de produção multimídia".



Fernando F. Silva

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Digital Pen - uma ferramenta para o repórter móvel anotar e transferir suas informações




Na mesma proporção em que se expande o jornalismo móvel também se expandem as ferramentas portáteis para o desenvolvimento de atividades jornalísticas em condições de mobilidade. A Digital Pen é uma dessas eficientes ferramentas que facilita o trabalho do repórter. Trata-se de uma caneta digital (que também é uma USB flash drive) que pode ser utilizada para escrever livremente num papel, armazenar páginas de informação (em tempo real) e depois transferir as anotações e rascunhos para o computador através da entrada USB e ser enviado diretamente para um email. Depois de transferido pode-se transformar as anotações em imagens ou em textos (essa é a parte boa). Além do mais a caneta digital é uma memória flash para armazenar diversos outros arquivos como música, vídeo, textos. Entrevistas, reportagens ou a apuração de uma notícia são situações em que o repórter pode utilizar essa caneta, escrevendo as informações num papel que serão transferidas para a conversão em formato de texto. Essa ferramenta agiliza imensamente o trabalho do repórter. Veja um vídeo demonstrando como a Digital Pen funciona ou veja uma infografia com um demo mostrando também as funcionalidades desse aparelho. A Digital Pen custa em média U$ 80 e pesa 16 gramas.
fernando f. silva

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

O futuro dos jornais e do jornalismo


Antes que eu esqueça, segue duas boas dicas de leitura para refletir sobre o futuro dos jornais impressos (ainda navego nessa área como professor de editoração eletrônica) e o crescimento potencial do webjornalismo, outra vertente que atuo. Essas vêm do meu amigo Salatiel do blog Reunião de Pauta: Jornalismo 2.0 (mostrando as novas ferramentas de produção jornalística) e pode ser baixado em PDF; e a outra dica é o livro "Os jornais podem desaparecer?", ambos de Philip Meyer.


fernando f. silva

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Evento sobre cibercultura debate Mídia Locativa em Salvador


No próximo dia 15 de agosto, às 19h00, no Teatro do Goethe Institut-ICBA, em Salvador, ocorrerá mais uma mesa do ciclo de debates sobre cibercultura. Desta vez o tema será "Locative Mídia" com a participação dos professores-pesquisadores André Lemos, da UFBA, Rodrigo Firmino da PUC-PR e Lucia Leão, da PUC-SP. O ciclo de debates é organizado pelo Grupo de Pesquisa em Cibercidades da UFBA, Ciberpesquisa, GPC e ICBA com apoio da CAPES. No dia do evento também será lançado o projeto "Wi-fi Salvador", que está mapeando os hotspots (conexões sem fio) públicos de Salvador com a disponibilização num blog com fotos, vídeos, mapas e outras informações. Abaixo um trecho sobre o tema Mídia Locativa, que será discutido pelos palestrantes no evento:


"Mídia Locativa é um conjunto de tecnologias e processos info-comunicacionais cujo conteúdo informacional vincula-se a um lugar específico. Locativo é uma categoria gramatical que exprime lugar, como "em", "ao lado de", indicando a localização final ou o momento de uma ação. As mídias locativas são dispositivos informacionais digitais cujo conteúdo da informação está diretamente ligado a uma localidade. Isso implica uma relação entre lugares e dispositivos móveis digitais até então inédita. Esse conjunto de processos e tecnologias caracteriza-se por emissão de informação digital a partir de lugares/objetos. Esta informação é processada por artefatos sem fio como GPS, telefones celulares, palms e laptops em redes Wi-Fi ou Wi-Max, Bluetooth, ou etiquetas de identificação por rádio freqüência, RFID. As mídias locativas são utilizadas para agregar conteúdo digital a uma localidade, servindo para funções de monitoramento, vigilância, mapeamento, geoprocessamento (GIS), localização... Dessa forma, os lugares passam a dialogar com dispositivos informacionais, enviando, coletando e processando dados a partir de uma relação entre informação digital, localização e artefatos digitais móveis. Várias empresas, mas também artistas e ativistas, têm utilizado a potência das mídias locativas como forma de marketing, publicidade e controle de produto, mas também como escrita e releitura do espaço urbano, como forma de apropriação e resignificação das cidades (André Lemos)."

Vale a pena conferir o evento!!!!

fernando f. silva

vídeo do rafinha e cibercultura



Para "apimentar" mais ainda a discussão em torno do livro de Andrew Keen, "Culto ao amador" veja esse vídeo sobre rafinha. O vídeo é baseado no Livro "A cauda longa" (the long tail) de Chris Anderson e fala sobre o crescimento dos nichos de mercado em oposição aos hits que dominavam, por exemplo, a indústria fonográfica. Esse vídeo mostra as mudanças que estão ocorrendo em relação ao comportamento de jovens da cibercultura que consomem iPods, iPhones, leitura na internet, baixa arquivos em redes P2P, utiliza msm para se comunicar com outros amigos. Enfim, mostra as mudanças que vem ocorrendo nas últimas décadas a partir das novas práticas do ciberespaço. Esse livro de Chris Anderson confronta-se bem com o de Andrew Keen e oferece uma visão apropriada dessas transformações que estão ocorrendo e afetam o jornalismo, a indústria fonográfica, a indústria de Hollywood, as redes de tv e proporcionam mais participação das pessoas via redes de comunicação digitais.

fernando f. silva

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Andrew Keen está certo?



Duas entrevistas do historiador britânico Andrew Keen, autor do atual livro "The Cult of the Amateur: How Today's Internet Is Killing Our Culture" (o culto ao amador: como a internet de hoje está matando nossa cultura) chamam a atenção. Uma é na edição atual da revista Época e outra na Folha de S.Paulo (para assinantes) de hoje. O que chama a atenção nas entrevistas é seu posicionamento contra a participação dos leitores/internautas na produção de conteúdo e uma defesa forte dos meios de comunicação de massa. Veja alguns trechos:


  • "Não vejo como a web 2.0 está democratizando a mídia, acho que acontece o oposto: a mídia tradicional fornece informação de qualidade acessível às massas e não acho que a segunda geração da web esteja reproduzindo isso" (na Folha de S.Paulo);

  • "Meu livro não defende que as pessoas não tenham blogs, apenas que não finjam que são substitutos da mídia tradicional ou representantes de fontes de informação confiáveis sobre o mundo. Como as pessoas saberiam da crise aérea brasileira, por exemplo, sem jornalistas profissionais? Iam ter de se basear em blogueiros, que podem ser representantes das companhias aéreas ou do governo?" (Folha de S.Paulo).

  • "Parte da mídia tradicional já foi destruída. Estamos assistindo à morte lenta da indústria da música, estamos assistindo à morte lenta dos jornais locais nos Estados Unidos. Não acho que nós viveremos num mundo sem nenhum profissional especializado em agregar informação. A questão central é a idéia de que os consumidores continuarão a pagar por conteúdo. Você já vê no mercado fonográfico que eles não vão. Mais e mais pessoas pensam que a música deve ser livre e estão roubando-a. A mídia tradicional não vai exatamente morrer, mas vai mudar dramaticamente. Os meios de comunicação de massa – que considero democráticos e onde conteúdo de qualidade é acessível pelo preço de US$ 10 ou US$ 15 para comprar um CD, assistir a um filme ou comprar um livro – talvez se tornem coisa do passado. Enquanto os utópicos digitais falam sobre democratização da mídia e do conteúdo, acredito que a conseqüência é o aparecimento de uma nova oligarquia. A tão propalada democratização, na verdade, tornará o entretenimento cutural de alta qualidade menos acessível às pessoas comuns" (revista Epoca).

A crítica construtiva sempre será válida, mas penso que os argumentos de Andrew Keen são frágeis e estão na contramão dos acontecimentos. Em vez de defender a participação do leitor/internauta prefere defender a mídia de massa. Por que a indústria fonográfica está falindo ou reformulando sua forma de atuação? Por que a mídia tradicional começa a criar projetos de jornalismo participativo? Na minha opinião tanto o jornalismo quanto a a indústria de massa estão mudando porque a internet e as diversas possibilidades colaborativas na rede estão demonstrando que as pessoas querem participar (e nunca tiveram essa participação) e querem produtos diferentes dos oferecidos.


Evidentemente que o chamado jornalismo colaborativo precisa se aperfeiçoar para corrigir distorções, mas não vejo como voltar atrás. O caminho é esse mesmo. Na semana passada Elton John disse que desejava que a internet fosse fechada para que as vendas de discos voltassem ao tempo do sucesso.


As novas tecnologias (celular, internet e novas práticas no ciberespaço) estão mudando as relações de consumo e de produção de conteúdo. É preciso perceber isto. Fechar a internet ou impedir que as pessoas participem da produção de conteúdo não é a solução e nem o ideal.


Post aberto para a discussão.


fernando f.silva



sexta-feira, 3 de agosto de 2007

celular para substituir computador

Axel Meyer, designer-chefe da Nokia, fala em entrevista a Folha de S.Paulo sobre a possibilidade real do celular substituir o computador devido a sua plataforma cada vez mais multimídia e portátil. Trecho da entrevista: "Em muitos casos, o celular já substitui um PC, porque o celular também pode ser um computador multimídia. Os aparelhos Nokia Nseries, por exemplo, são sofisticados, oferecem muitas funcionalidades e ainda são discretos. Esses dispostivos permitem uma boa experiência de navegação na internet".

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Entrevista exclusiva com Ramón Salaverría - em áudio no podcast Tecnodesign


Acesse agora o podcast Tecnodesign e escute uma entrevista exclusiva que eu fiz com o professor do Departamento de Comunicação da Universidade de Navarra (na Espanha), Ramón Salaverría. Ramón Salaverría é um dos maiores especialistas da Europa em ciberperiodismo (ou webjornalismo) e editor do blog e-periodistas. Foi considerado em 2007 uma das 500 personalidades mais influentes da Espanha e uma das 25 da Internet. Ele é autor de livros de referência na área como o “Manual de Redacción Ciberperiodista”, “Cibermedios” e “Redacción Periódista en Internet”. Também é diretor do Laboratório Multimedia, que desenvolve projetos para a área. Nessa entrevista, que está em espanhol, Salaverría fala sobre o conceito de ciberperiodismo, sobre a convergência multimeios que está ocorrendo na área e impacta as empresas, o conteúdo e as funções jornalísticas e também sobre a comunicação móvel e as novas ferramentas para a produção e distribuição de conteúdo digital através de dispositivos portáteis. Salaverría estará participando entre 8 e 11 deste mês do Master em Jornalismo - Programa Avançado em Jornalismo Digital, em São Paulo e está em Salvador, na FACOM da Universidade Federal da Bahia como convidado do Grupo de Pesquisa em Jornalismo Online - GJOL como parte de uma cooperação Espanha-Brasil no desenvolvimento de pesquisa no campo do jornalismo online. No podcast Tecnodesign você pode ouvir ainda outras entrevistas, entre elas com Lucia Santaella, Armand Mattelart

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Entrevista com Ramón Salaverría

Essa semana estaremos postando no Podcast Tecnodesign uma entrevista exclusiva com o pesquisador espanhol Ramón Salaverría, um dos principais especialistas em ciberperiodismo. Aqui no blog estaremos colocando alguns trechos. Ele falará sobre convergência multimídia, sobre os rumos do webjornalismo e sobre comunicação móvel. No podcast você já tem disponível entrevistas com Lucia Santaella, Armand Mattelart, Maria Angeles Cabrera e outras sobre cibercultura e webjornalismo. Aguarde!!!

fernando f. silva