Um intermediário entre o notebook e o smartphone. Essa é principal característica para o Ultra Mobile PC - UMPC, que ainda não está disponível no Brasil. Nesse vídeo (dica do amigo Marcelo, obrigado) você tem um preview de suas potencialidades e fragilidades. O UMPC tem HD de 40 GB, 1 giga de memória RAM, sistema operacional Windows Vista, wi-fi, bluetooth e possibilidade de conexão via EDGE (utilizado pelas operadoras de telefonia), touch screen. Dois pontos aparecem como negativos: o preço (1,85 mil dólares) e falta de praticidade pelo tamanho. Esse último item não considero tão desesperador. Pode ser um equipamento interessante para coberturas jornalística que exige mais que um smartphone (que também tem suas limitações), mas que também não precisa de algo maior e mais pesado como um notebook (um UMPC pesa 700 gramas). Como praticamente tem tudo de um notebook e um tamanho intermediário pode-se considerar um mini-computador adequado para algumas situações e supera algumas limitações de smartphones. O problema ainda dos smartphones é que não se tem ainda um que venha com todas as ferramentas e recursos necessários (uns tem câmera, mas não tem wi-fi, e por aí vai). Penso que a idéia de um repórter móvel não é exatamente a de um imaginário cyborg com uma parafernália tecnológica e digital acoplada ao corpo, mas sim de um repórter que tem em um ou dois dispositivos digitais a possibilidade de realizar diversas funções (fotografar, gravar vídeos e áudio, acesso a web e email, editores de texto, vídeos e fotos, aplicativos adequados, armazenar dados, etc). Tudo isso para um objetivo bem pragmático: produzir matérias jornalísticas em condições de mobilidade, direto do acontecimento do fato.
O desenvolvimento de dispositivos móveis como o Ultra Mobile PC sinaliza, de forma clara, para a infra-estrutura tecnológica e de aplicativos disponíveis com a finalidade de produção jornalística. Essas tecnologias já representam uma redação móvel. Denomino essa nova estrutura de ambiente móvel de produção (traduzindo: uso de conexões sem fio e dispositivos móveis digitais que possibilitam o acesso ao ciberespaço e a operacionalização de diversas funções jornalísticas concentrada em poucos equipamentos com potencialidades para a produção jornalística em mobilidade). Em breve estarei disponibilizando um artigo em que tratarei dessas questões de um ponto de vista mais conceitual.
Fernando F. Silva
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