domingo, 10 de fevereiro de 2008

Difusão e produção de conteúdo no celular


Renato Cruz, no seu blog sobre tecnologia do Estadão, traz um post ( do celular para a internet) que merece comentário. Ele destaca que o celular, com a banda larga e outros recursos, se tornou uma "ferramenta para enviar textos, fotos e vídeos para a internet". E mais: uma pesquisa encomendada pela Nokia ao The Future Laboratory indica que brasileiros entre 18 e 34 anos (42% dos entrevistados) publicam conteúdo na internet através do aparelho celular. Para ilustrar o post Renato Cruz traz alguns depoimentos de blogueiros e usuários de microblogs que realizam boa parte das atualizações via celular ou smartphone.

COMENTÁRIO: de fato observa-se que os dispositivos móveis digitais (smartphones, celulares) se tornam aparelhos comuns e sofisticados para a difusão e produção de conteúdo. Para isto ocorreram nos últimos anos uma série de evoluções acerca das conexões sem fio disponíveis (wi-fi, GPRS, banda larga) e das funções embutidas nestes dispositivos (câmera de vídeo e foto, áudio, web, email, editores de textos). Os smartphones, principalmente, oferecem uma compatilibilidade de recursos próximos ao de um desktop. Sem falar na possibilidade de instalação de uma infinidade de aplicativos de acordo com a necessidade. Eu sou um destes usuários de palmtops e smartphones e praticamente escrevo meus artigos e projetos quase exclusivamente neles, além de postar fotos e textos através do celular para blogs e Twitter. As vantagens estão exatamente na mobilidade, na ubiquidade por carregá-lo sempre comigo e na preservação da coluna (posso escrever em pé). As desvantagens referem-se ainda a questões de interface dos aparelhos (precisam ser aperfeiçoadas) e da dependência que se cria para alguns. Em síntese: o que pretendo com este comentário é observar que os estudos na área de comunicação precisam identificar estes fenômenos e perceber que os dispositivos móveis digitais, com todas estas possibilidades, apresentam novas interfaces (espaço urbano-ciberespaço), rotinas e efeitos. No Brasil já são mais de 120 milhões de celulares, segundo a Anatel. O acesso e a produção de conteúdo para navegação nestes portáteis são tarefas instigantes a serem analisadas. É a mídia móvel.

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