sexta-feira, 15 de maio de 2009

Curso de mídias locativas: experiências e questões para pensar sobre o tema

Durante esta semana participei do curso "Mídias Locativas - Comunicação e Mobilidade", organizado pelo Grupo de Pesquisa em Cibercidades da UFBA, organizado pelo professor André Lemos e que acontece no auditório da Faculdade de Comunicação da UFBA. Na quarta-feira (13/05) apresentei o tema "jornalismo e mídias locativas", mas me antecedendo tivemos na segunda-feira o André Lemos, na abertura do curso, com o tema "Mídia locativa - Comunicação e Mobilidade. Introdução e aspectos gerais"; e na terça-feira José Carlos Ribeiro abordando "Redes sociais e mídias locativas".
Algumas considerações sobre os três primeiros dias (o curso continua na próxima semana):

1.Mídias locativas é um tema relativamente novo na forma e nas práticas desencadeadas no contexto contemporâneo. Neste sentido há uma curiosidade em entender o que significa e que implicações traz para os estudos da cibercultura e da comunicação. Por trás desse objeto está uma série práticas associadas a emergência das conexões sem fio, de tecnologias móveis associadas a localização e todas as questões em torno da mobilidade.
2.Durante o curso foi interessante notar a atenção de um público muito interessado em conhecer melhor as pesquisas e discussões sobre o tema. O Grupo de Pesquisa em Cibercidades é um dos pioneiros no país quando se tratar da abordagem mídias locativas e, no momento, concentra um considerável número de pesquisadores de mestrado e doutorado com estudos voltados para a observação de fenômenos enquadrados nesta categoria. Estudos sobre games, jornalismo, mapas na web, redes sociais, enfim....
3.Portanto, para nós pesquisadores, é um entusiasmo participar de iniciativas como a deste curso à medida que temos a oportunidade de expor nossas pesquisas e debater com um público atento questões amadurecidas e outras que precisam ser postas para o aprofundamento. Além disso, o debate tem ido além do ambiente (auditório) invadindo microblogs e blogs (veja tag #midialocativa).
4.Além de falar sobre o impacto e as implicações das tecnologias móveis, da mídia locativa e derivados é importante experimentar. Neste sentido o curso também tem funcionado desta forma. Qr Codes, bluetooth, transmissões ao vivo via Qik e Twitter foram utilizados para potencializar o evento e dar visibilidade as tecnologias e suas aplicações de forma factível.

Na minha apresentação, na quarta-feira, apresentei vários aspectos de minha pesquisa de doutorado sobre jornalismo móvel relacionando as questões da mídia locativa com o jornalismo. Entendo que há aproximações e tensões em decorrência da configuração de cada área. Entretanto o que me parece comum é a possibilidade expandida de emissão de informação (tela acima) vinculada aos dispositivos móveis digitais e as conexões sem fio. Tanto para o jornalismo quanto para as mídias locativas temos aí implicações novas.
Outra perspectiva que apresentei enquadrei foi: "como estudar os fenômenos da comunicação móvel com os métodos e teorias clássicas pensadas para a comunicação de massa?". Raciocínio semelhante foi feito pelo José Carlos Ribeiro anteriormente.
E para encerrar, gostaria de reiterar que cursos como este, sem sobra de dúvidas, oportunizam discussões novas em busca de respostas para novos problemas colocados pela emergência das mídias locativas, da comunicação móvel e de todas estas práticas associadas às redes e aos processos de digitalização. Slide 5
Para quem não teve oportunidade de estar presente, uma série de vídeos estão disponíveis sobre a apresentação de André Lemos, José Carlos Ribeiro e Fernando Firmino ou ainda trechos das transmissões ao vivo via Qik http://qik.com/andrelemos

3 comentários:

Ana disse...

Fernando,
Excelente cobertura, estou acompanhando o evento a distância (nada mais apropriado, considerando a minha temática do doutorado). Fiquei muito interessada na discussão sobre as mídias locativas porque a minha formação na graduação é em Geografia, e esta abordagem permite unir a questão das redes territoriais e as redes virtuais.

Abraços,

Fernando Firmino da Silva disse...

Olá Ana, que bom que você está acompanhando. O evento está muito instigante e com debates muito produtivos. Na próxima semana tem mais duas sessões: segunda e terça-feira. Acompanhe aí e divulgue para os demais interessados.

Fernando Firmino da Silva disse...

Aqui no nosso curso temos tem o Leonardo Branco, que também tem formação na área de geografia e desenvolve mestrado sobre as apropriações dos territórios no ciberespeço através do gogle maps e de projetos com Citix. É bem próximo do que você falou.