sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Experiências com jornalismo móvel se multiplicam



Com ferramentas de live streaming e celulares 3G em abundância, o jornalismo móvel se expande pelos grupos de comunicação do Brasil e fora do país. As redações móveis (com notebooks e conexões sem fio) e as transmissões ao vivo estão menos dependentes de estruturas tradicionais para coberturas jornalísticas. Ou por outro lado: complementam esta estrutura tradicional com mais agilidade devido à portabilidade dos dispositivos e a mobilidade expandida, que colocam repórteres ao vivo de forma instantânea e de praticamente qualquer lugar a partir de celulares 3G ou de netbooks, entre outras ferramentas.
Esta semana duas iniciativas me chamaram a atenção em torno desta abordagem. A primeira publicada no Comunique-se revelando que o Primeiro Jornal amplia atuação do Band Repórter Celular. Veja trecho da matéria: "O Band Repórter Celular é uma tecnologia que possibilita ao jornalista transmitir ao vivo as imagens de um acontecimento e passar a informação por meio de um celular. O sistema foi desenvolvido com exclusividade para a emissora. Com o celular, a possibilidade de flagrantes para a TV fica muito mais fácil." A Band tem uma parceria com a TIM para uso de sua rede 3G e vem se utilizando do jornalismo móvel nos seus programas de telejornalismo.
A segunda iniciativa é a do jornal de Oklahoma, dos Estados Unidos, o NewsOK.com, que realiza as coberturas de tempestadas na região a partir de ferramentas de redes sociais e de livestreaming. Esta notícia chegou até mim via Reunião de Pauta do Salatiel, que escreveu no post: "A novidade é que os repórteres foram para a rua em viaturas equipadas com mini laptop, rede sem fio e câmera portátil. Com mais o software Mogulus, passaram a fazer o que antes era exclusivo das TVs: transmissão ao vivo."

As rotinas jornalísticas contemporâneas incorporam estas novas formas de operar a relação potencializada do jornalismo e mobilidade em redes de televisão, emissoras de rádio, portais jornalísticos e também no jornalismo impresso, que mesmo impossibilitado do tempo real, usufrui destas ferramentas para agilizar a produção tendo em vista que o repórter em coberturas pode enviar do local o material de forma mais rápida. Antes do início deste século se falava deste jornalismo instantâneo de uma forma futurística. No livro de John Pavlik, de 2001, ele apontava claramente esta visão tendo em vista que não tínhamos ainda tecnologias disponíveis e nem redes banda larga para o exercício pleno do jornalismo móvel. Entretanto, a paisagem agora é outra. Multiplicam-se as experiências.

4 comentários:

Anônimo disse...

Fala Fernando,
Também me chamo fernando, trabalho com tecnologia móvel na Itália, achei que tu te interessarias por esse vídeo aí embaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=5WCTn4FljUQ
até mais!
fernando

Fernando Firmino da Silva disse...

Oi Fernando. Obrigado pela visita e pelo link. Realmente é muito interessante o video mostrando os antecedentes da internet. Obrigado e valeu.

fernando

Demétrio de Azeredo Soster disse...

Grande Fernando! Penso que devemos conversar mais, no sentido de sentar à mesa; de produzir conteúdo, de discutir mais, sobre este momento evolutivo do jornalismo, em que novas formas e processos - e o jornalismo móvel me parece uma das mais relevantes dentre elas - se estabelecem no fazer jornalístico, complexificando uma lógica evolutiva relativamente linear e que tem pelos menos 300 anos de tradição. Se lhe interessar, sou parceiro nesta nova empreitada. Grande abraço!

Fernando Firmino da Silva disse...

Meu amigo Demétrio estamos à disposição. Será um prazer para mim estabelecer esta parceria contigo, com quem já venho trabalhando com resultados relevantes como o livro "edição de imagens". Podemos analisar estratégias, sim.

Abraços e estou à disposição

Fernando